Corro pela grama todos os dias. Minhas patas afundam no macio e o vento me puxa as orelhas pra trás, fazendo um barulho divertido. O prazer é maior se houver algum passarinho distraído procurando insetos no gramado. Saio zunindo pra cima dele, dando-lhe o maior susto.
Algumas plantas me impediam de correr em linha reta, mas descobri como utilizá-las em uma corrida com obstáculos. Com isso, também tenho treinado minhas curvas em alta velocidade, à exaustão. Minha dona ri às gargalhadas sempre que derrapo e viro cambalhotas. Por vezes, só pra diverti-la, faço curvas absurdas e rolo pelo gramado. (Ah, e ela sabe muito bem como eu me divirto também.)
Mas algumas coisas me deixam intrigado. Uma delas é como as pessoas se comportam com seus gramados. Quanto mais xereto e observo, menos entendo. Quando a grama está deliciosamente alta e massuda, que chega a roçar minha barriga, elas a aparam. A parte mais alta, bem fofa, desaparece e só ficam umas manchonas secas e duras que nem capacho. Fico olhando, cabisbaixo, procurando alguma sobra de meu gramado macio... E como demora pra ficar gostoso outra vez... Já tentei mostrar de todos meios possíveis minha tristeza e dessossego para minha dona (ela até tirou essa fotografia aí de cima, meses atrás), mas o que aconteceu? Acabei ganhando muito carinho e promessas, mas a grama continuou sendo aparada.
Quando é que vão entender que o jardim é meu?!
Um comentário:
Aumiguinho:
Adorei sua visita.. tbém tô seguindo seu blog...
Sabia que aqui em casa acontece a mesma coisa com meu gramado... amo ficar deitadona, de barriga prá cima só faznedo coça coça... mas sempre cortam minha graminha qdo está foooofffaaa.... vai entender os humanos né??
Lambijoka
Scully
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